Quando a gente pede para a Manu Moura (@pelepretapretinha) se apresentar, ela logo começa a falar de pele, afinal, o mundo de skincare e beleza é paixão, mesmo que não seja (ainda!) seu único trabalho. "Meu nome é Emanuelle, mas todo mundo me chama de Manu. Tenho 35 anos. Comecei a cuidar da pele desde os 12, porque eu tive um surto de acne, foi quando eu comecei a ter problema com acne e nunca mais parei de ter", explica.
A Manu é de Recife (PE), é administradora ("quero trabalhar só com internet um dia, eu sonho com isso. Mas sei que é um passo de cada vez") e contou para gente que o amor pelos cosméticos é herança de família. A avó era revendedora de cosméticos. "Uma coisa que me fazia ser muito vaidosa era minha avó. Desde criança, ficava vendo as revistas dela, ficava empolgada, lendo. Me informando sobre os produtos. Amo o universo de cuidados com a pele, de beleza. Eu realmente gosto", sorri ao lembrar.
Manu Moura e acne
Como a gente já adiantou, a Manu teve questões com a acne desde cedo e logo foi para um dermatologista, onde começou a cuidar e tratar como a condição de pele multifatorial que a acne é. "Desde os 12 anos, já limpava, hidratava e usava protetor solar. Minha vida toda eu cuidei da pele."
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"Sofri muito até uns 15 anos, mais ou menos. A ponto de não sair de casa. Era muito traumatizada, muito mesmo. Não queria sair, porque a acne inflamava, por mais que a médica dissesse que não podia cutucar, eu cutucava, espremia, para ver se diminuía o tamanho. Para disfarçar. Queria esconder. Dos 12 aos 16 anos, eu sempre usava base para cobrir", lembra.
A Manu conta que o processo para chegar aonde ela se encontra hoje, de não ter vergonha da acne que ainda aparece na sua pele, foi lento e gradual. Afinal, o tema "pele livre" começou a ganhar adeptos não faz tanto tempo assim. "Passei a aceitar entre os 16 e os 18 anos. Comecei a olhar com uma condição e entender que não precisava me esconder", diz.
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"Hoje falo sobre isso, sobre pele livre, mas naquela época não tinha. Naquela época era muito: você tem que ser padrão, você tem que esconder. Ninguém falava que acne era uma coisa normal. Falavam que era sujeira, que você não cuidava bem da sua pele. E eu ficava muito frustrada, porque eu cuidava muito da minha pele e continuava tendo acne. E aí, doeu por muito tempo, ouvir que eu não limpava a minha pele direito, aqueles apontamentos e críticas. Hoje melhorou um pouco, porque começamos a falar que acne é uma condição de pele como qualquer outra e que não é motivo para a gente se esconder atrás de um filtro."
Manu Moura
Mais espelhos, menos filtros
Inclusive, o uso de filtros como forma de alcançar a "pele perfeita" é um tema que mexe com a influenciadora. "Sempre que você me ver, vai ver minha pele real. Só se eu quiser brincar, aí uso um engraçadinho, do Bob Esponja, das Meninas Super Poderosas. Eu sou totalmente contra. Inclusive, influencers que fazem publicidade de produtos para pele com filtro, não entendo", diz.
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A Manu diz que seu objetivo é sempre fazer com que as pessoas se sintam bem na própria pele, mas deixando claro que isso não é simples e não pode ser forçado. "É muito fácil você chegar dizendo que você tem que se aceitar como você é. Só quem sabe e já passou sabe o quanto isso pode ser difícil e tortuoso. A gente se tortura e se machuca, como eu fiz (ao se cutucar e espremer espinhas)."
"'Mais espelhos, menos filtros', aquela frase da Sallve, é a minha frase", completa.
Sallve + Hering Intimates
Inclusive, se você já viu algumas peças da coleção Sallve + Hering Intimates, reparou que as frases que estampam as caixas da Sallve e que a comunidade tanto ama, estão presentes na coleção. A Manu foi uma das participantes da colab e também uma das responsáveis por pedir que essas frases estivessem presentes em alguns intens.
"Já participei de colabs de produto. Essa foi diferente, mas eles também realmente estavam dispostos em fazer acontecer. Pedi camisetas básicas, mas com as frases, tipo 'viva sua pele', com a mesma fonte, identidade visual. Essa colab tinha que ter a cara da Sallve além das cores, a paleta é inspirada totalmente na Sallve, mas ainda assim não tinha tudo da Sallve. As frases escolhidas remetem. É da Sallve e, ao mesmo tempo, é para todo mundo. É um alerta: mais espelhos, menos filtros. É uma coisa que vai chamar atenção da galera e vai gerar reflexão. É a cara da Sallve"
Manu Moura
A Manu Moura, que também é muito fã de Hering, ficou encantada e matou toda a sua curiosidade em ver como se prepara uma coleção de roupas de uma marca. "Eles formam muito receptivos às ideias. Foi muito massa participar e ver os cuidados deles em atender todo mundo, que conseguisse ser uma roupa para vários corpos. Tentar usar tecidos que se adequassem ao maior número de tipo de pessoas. Foi muito legal, porque eu não tinha noção de como era esse processo criativo."
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"Recebemos amostras de tecidos. Foi muito legal. Eles falavam: blusa tal, qual tecido vocês acham que fica melhor? E aí a gente podia pegar e perceber. A gente conseguiu construir isso conversando. Eu nunca imaginei que eles pudessem escutar a gente assim, na troca. Eles foram abertos mesmo a adequar as coisas, os tamanhos. Eu achei legal, porque eles falaram que as escolhas dos tecidos foram justamente por isso. Pedi tudo, queria uma caixa com a coleção toda! A coleção tá muito incrível", explicou.
Corpo, cuidado e dermatite atópica
A Manu se sente muito confortável no próprio corpo e assim como foi com acne, ela passou a prestar atenção nele muito cedo. A pernambucana é asmática e descobriu ser hipertensa aos 24 anos.
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Ela ama fazer exercícios, mas na pandemia acabou aceitando que não estava em seu melhor para continuar a rotina que sempre teve. "Engordei uns 10 kg, mas muito tranquila de que era momento e eu preferi cuidar da minha saúde mental do que do corpo naquele momento e tudo bem. No começo, por ser asmática, eu achei que ia morrer de Covid. Foi bem isso. Hoje já voltei para academia, porque é algo que eu gosto e sempre gostei."
E a pele do corpo não é diferente, tá? O cuidado é real. "Cuido do meu corpo bem. Cuido menos da pele do corpo do que o rosto, mas hidratação e proteção solar é diário aqui, justamente por ter dermatite atópica", explica.
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Ela descobriu a doença na adolescência e até achava que era uma doença difícil de cuidar. Mas viu que com hidratação e acompanhamento médico, tudo ficou mais simples. “Eu estava louca para que vocês lançassem o Antioxidante Hidratante Corporal sem perfume. Eu amei! Acertaram muito na textura. Eu tenho esse problema com hidratante, porque eu preciso usar hidratantes densos, por conta da dermatite atópica. Porque geralmente a pele é mais seca e irritativa. Então, demanda um cremão de manutenção. A minha surpresa é que ele consegue ser potente, mas sem ser denso. O segredo é hidratar mesmo, todos os dias, sem preguiça.”
Manu Moura <3 Sallve
Pra fechar esse papo, Manu fez questão de falar sobre como é importante a Sallve ter a força de sua comunidade e praticar sempre o processo de escuta para cocriar, como aconteceu com Hering e com todos os produtos até aqui. "Tenho uma identificação muito grande com a Sallve, com a forma com que vocês agem, a forma transparente, como vocês ajustam os erros e são sinceros quando erram. Acho sensacional, tem que bater palmas. Sou apaixonada", diz.
“Acho que trazer a comunidade para perto é o diferencial da Sallve e que ninguém nunca vai fazer igual. Porque demanda tempo, atenção e escuta. Acho muito massa que vocês chamem a gente para cocriar, que vocês escutem, porque as vezes a gente deixa de usar um produto, porque a marca não escuta a gente. São coisas simples. Acho fundamental e acho que toda marca deveria copiar. Vocês nunca podem deixar de fazer isso, por favor”, pede.