Fazia um dia frio quando comecei a assistir a parada da Turnê Sallve no Rio de Janeiro, meu estado natal. Mas foi só ouvir aqueles sotaques, ver aqueles sorrisos bem cariocas, aquele papo sobre praia, pele, calor e favela, que imediatamente minha sala ficou quentinha. A saudade bateu mais forte, mas me senti em casa, mesmo estando tão longe. O Rio de Janeiro tem disso: é um estado de espírito, é toda uma váibe, que mesmo que a gente ache que não tem na gente, acredite: se você é do Rio, você tem.
O Rio de Janeiro foi a penúltima parada da nossa Turnê Sallve, que termina essa semana em São Paulo, e o papo, claro, foi animado. Teve papo sobre pele? Teve. Teve papo sobre carnaval? Teve também.
Uma das embaixadoras do evento, a Krishna tem 25 anos, é estudante de engenharia mas faz de tudo um pouco: trabalhando com publicidade, ela também é criadora de conteúdo e está escrevendo um livro: "Amo praia, adoro carnaval, gosto de rua, gosto de gente!", ela chega anunciando.
Luci Gonçalves, de 23 anos, e outra embaixadora dessa parada da Turnê Sallve, é criadora de conteúdo e escritora, e recentemente começou a se iniciar na gastronomia: "Sou viciada em aprender sobre os prazeres da vida", se apresenta. "Sou da festa, sou do baile, amo a praia".
Jenni Ayallem, convidada desta edição, tem 24 anos e trabalha na área de beleza, como maquiadora e penteadista, além de criar conteúdo no Instagram. Ao contrário das fervidas acima, em seu tempo livre ela gosta de não fazer nada: "Gosto de ficar deitada na minha cama assistindo série, vou ser sincera".
Juliana Vasconcelos, de Jacarepaguá, se apresentou: "Quando não tem pandemia gosto de fazer minhas oficinas (toco timbau a agogo), nos últimos dois anos comecei a produzir conteúdo para o meu Instagram".
Laura Arantes é paulista é originalmente de São Paulo mas mora no Rio de Janeiro desde agosto. Aos 25 anos ela trabalha como relações públicas na área de marketing de influência para o Spotify: "Amo praia e aqui me descobri muito carioca. É místico quando o sol se põe e fica só um risco de sol na pedra da praia de São Conrado. Sou apaixonada pela natureza, e quando não tem pandemia também estou no carnaval".
Já Thiago Silva, o último convidado dessa edição, é formado em publicidade mas atualmente é escrevente em um cartório, e conta é mais calminho: "Não sou agitado como todo carioca é, não gosto de ficar com muita gente, prefiro ficar em casa no meu tempo livre".
A cultura machista do cuidado com a pele
Thiago, aliás, levantou uma conversa bem interessante durante o papo: por que o cuidado com a pele não é encorajado entre o público masculino? Por que, da mesma forma que as garotas aprendem a importância de cuidar da pele, os meninos não crescem com essa cultura? "Minha pele é oleosa, e eu sempre soube disso porque sempre tive tendência a acne e espinha, mas eu nunca fui doutrinado a cuidar da pele", ele conta. "É que sempre ouvi meu pai falar que eu sou homem, que isso não é coisa pra homem fazer, então o skincare era uma coisa que eu deixava passar, e acabava espremendo minhas espinhas, por isso tenho marcas até hoje".
Foi durante a pandemia que ele começou a pesquisar mais e, ao esbarrar com a Sallve, se apaixonou por sua identidade visual. Depois, por indicação da Máqui Nóbrega e da Karol Pinheiro, ele se rendeu - à Sallve e ao skincare: "Comprei o Kit Basicão e quando usei o Limpador Facial pela primeira vez fiquei impressionado: eu nunca senti minha pele daquela forma, assim logo na primeira aplicação. Até achei que pudesse ser psicológico, mas não, o resultado era imediato", conta, emendando que logo em seguida comprou o Kit Antiacne. Dentro desse universo tão novo, ele também adora o Esfoliante Enzimático ("A sensação dele é maravilhosa na minha pele, e acho ótimo as partículas não serem muito grandes") e o Sérum Antiacne: "Tinha manchas que nunca achei que fossem sair, e saíram com ele".
"A Sallve veio pra transformar minha vida. Desde que comecei a usar skincare me sinto uma nova pessoa. E é real mesmo. Eu nunca liguei muito para isso de beleza, não fui doutrinado para isso, mas depois que comecei a praticar isso na minha vida, minha autoestima mudou tremendamente. Se eu soubesse que seria tão bom esse momento que tenho agora depois do banho, eu teria começado antes. Teria mudado minha vida de alguma forma".
Thiago Silva
O tempo que a pandemia nos deu para nos enxergarmos
Essa constatação de que a pandemia acabou nos obrigando a nos ver com mais cuidado e atenção permeou toda a conversa da Turnê Sallve no Rio de Janeiro, aliás. Krishna contou que começou a cuidar da sua pele no começo da pandemia: "Com a pandemia comecei a ficar em casa e olhar mais meu rosto. Ela se aprofunda sobre essa nova jornada: "O que me impedia de cuidar da minha pele antes era a rotina corrida e a falta de dinheiro. Eu achava que cuidar da pele era muito caro, mas meu maior choque do skincare foi aprender que as coisas duram, que não precisa passar muito. Fiquei chocada quando vi que as coisas duravam três meses, eu achava que duravam uma semana!", contou, rindo, completando que com todo esse novo olhar sobre sua pele veio uma nova forma de empoderamento, que só se deixa estremecer por causa de suas sobrancelhas: "Se elas não estão feitas, eu me sinto totalmende desempoderada, viu? Eu não tenho nenhuma insegurança com meu corpo, mas minha sobrancelha é muito importante pra mim!", manda, bem-humorada.
Atualmente, ela conta, rolou um grilo com seus lábios: "Durante a pandemia, olhando muito meu rosto, comecei a achar minha boca muito pequena, e comecei a pensar em, quando acabasse a pandemia, fazer preenchimento, mas logo pensei 'Peraí, calma com isso! Daí todo dia ia no espelho, olhava minha boca e falava linda! gostosa!, até acreditar". Hoje em dia, o quadro mudou: "Acho minha boca linda!".
O mesmo grilo, que ela tinha com as olheiras, ela já está trabalhando: "Hoje em dia apareço nos Stories sempre sem corretivo e já me acostumei com meu rosto assim. Hoje em dia acho normal, e quando passo maquiagem é que acho mais esquisito. Na verdade me acho bonita dos dois jeitos. É que atualmente tenho uma relação muito saudável com a minha pele".
De toda forma, ela sabe entender os limites de tratamentos e até onde sua pele pode ir, o que é tão importante: "Com essa região das olheiras que eu cuido, não adianta fazer tudo, jogar um monte de coisa. A região pode dar uma clareada, pode ficar com uma textura mais legal, mas é uma coisa que nasceu comigo e que não vai mudar. Isso de você aparecer de olheira pros outros verem é muito importante". "Mas tem dias que acordo e quero um corretivo. Só falta a sobrancelha, essa eu fico devendo".
Entre os segredinhos de skincare da Krishna estão água termal para desinchar o rosto (ela também usa depois da praia), e o Limpador Facial: "Sinto a pele bem limpa imediatamente, e gosto que não tira toda a oleosidade da pele, não deixa a pele repuxando", conta.
"O Tônico Renovador fez algo na minha pele que nada na minha vida tinha feito. Mudou a textura, e do jeito que parece, deve ter mudado minhas células!
Krishna
A Krishna descobriu, com o Questionário da Pele da Sallve, que sua pele é mista, mas foi seu cabelo que também a ajudou a enxergar seu tipo de pele real: "Depois que comecei a fazer transição capilar e usar muito creme, percebi que a área em torno do couro cabeludo ficava muito oleosa. Quando comecei a me interessar por pele achava que era pele normal, mas foi graças ao pele da Sallve, para descobrir seu tipo de pele, que descobri que minha pele é mista".
A relação entre cabelo e pele
Também foi uma mudança capilar que fez com que Luci passasse a enxergar seu rosto em sua totalidade: "Quando raspei a cabeça , minha relação com a pele mudou muito", ela conta, explicando que para a mulher negra, o autocuidado começa com o cabelo. "É ele que você se preocupa em hidratar, você faz a transição, você corta... O protagonista é sempre o cabelo, e acaba que a gente esquece da pele. Foi quando raspei a cabeça que entendi que tudo o que eu fazia no cabelo interferia na minha pele. Hoje minha pele é a protagonista do meu rosto. Todos os meus cuidados são voltados pra ela, e tá bem legal. Estou percebendo o tamanho do meu nariz, da minha boca, dos meus olhos, está sendo incrível, estou toda boba cuidando da minha pele".
Ela, que também sofre com olheiras, gosta de usar o Antioxidante Hidratante para suavizá-las, e o Limpador Facial, "que dura muito e não agride a pele, mesmo usando todos os dias", conta. "Já o Hidratante Firmador é o melhor hidratante que eu usei na minha vida, especialmente antes da maquiagem. Eu passo e parece que fiz um botox imediatamente, minha pele fica toda esticadinha!"
O Antioxidante Hidratante, aliás, também é seu parceiro pós-praia: "Eu sou a pessoa que faz marquinha de fita, que toma sol de sete às sete na laje. Estou sempre tomando muito sol, então quando sinto que passei do limite vou direto no Antioxidante Hidratante, que acalma e diminui a vermelhidão. Além do Hidratante Labial, que uso sempre que vou à praia", contou Luci.
Luci contou que em sua casa, ela aprendeu a cuidar da pele com o pai e a avó, mas durante a adolescência, com o aparecimento de espinhas hormonais, ela entrou uma uma relação de amor e ódio com o rosto: "Eu comecei a tomar anticoncepcional cedo, e minha pele ficou incrível, mas ao mesmo tempo ela me trouxe uma depressão absurda, e aí precisei parar. Minha pele ficou muito ruim, e eu trabalhava muitas jornadas, então cuidar da pele pra mim era algo que precisava de tempo, algo que eu não tinha".
Em 2019, quando começou a trabalhar mais de casa, o tempo veio, e com ele mais cuidados: "Foi só quando a Sallve entrou na minha vida que vi que cuidar da pele podia ser rápido, prático, fácil, sem enrolação. Antes era um produto pra cada coisa, tudo muito caro... Eu não gosto de muita coisa e sinto que minha pele também não. É lavar, hidratar, fazer uma máscara de vez em quando, quando não dormimos bem ou teve bebedeira", conta. "Hoje estou bem tranquila. Tenho essas bolinhas no rosto, que são genéticas, de família. Eu detesto, já fiz vários procedimentos pra tentar tirar, como queimar el, além de ser uma dor muito grande, não resolveu nada. Então resolvi me empoderar, aceitar, e está sendo um processo"
Minha pele é muito um check-up rápido do meu corpo: tudo o que eu faço ela me avisa se tá errado. Mas hoje em dia eu to muito tranquila com ela. O meu empoderamento vem dos cílios: quando coloco cílios ninguém me para.
Luci Gonçalves
O trabalho como ponte para o cuidado com a pele
A Jenni, por sua vez, começou a cuidar mais de sua pele por causa do seu trabalho: "Eu passei a ter uma rotina de cuidados com a minha pele tem um ano, mas já vinha começando a cuidar há uns dois três anos". Ela contou que descobriu que sua pele é mista no trabalho, onde sempre exemplificam maquiagens levando em conta o tipo de pele da pessoa.
"Eu nunca fui ensinada a ter cuidado com a minha pele porque sempre ouvi que tenho a pele preta então não precisa cuidar porque não vou envelhecer. Dentro de casa, minha mãe e avó não tinham cuidado com a pele diário, de limpar, hidratar e passar protetor. E como eu não tinha isso dentro de casa, eu não fazia. Mas quando comecei a trabalhar e ouvir a necessidade de hidratar a pele, de esfoliar, de proteger, comecei a ter mais cuidado com ela", relembrou Jenni. "Tem mais ou menos um ano que tenho essa rotina diária: uma vez por semana eu esfolio e faço uma máscara de argila ou alguma outra coisa diferente. Por eu não ter sido ensinada eu não tinha esse costume, não achava necessário"
HOje em dia minha relação com a minha pele é maravilhosa. Minha pele é muito bonita, isso veio!
Jenni Ayallem
O tratamento com Roacutan
Juliana contou que aos 15 anos começou um tratamento de 12 meses com Roacutan, e sentiu sua pele mudar muito, ficando mais ressecada e sensível: "Fui forçada a ter um cuidado bem específico com muito protetor solar, e não passava quase nada de maquiagem. Eu continuei usando protetor depois, mas fiquei muito traumatizada com muita coisa que eu precisava passar".
Juliana contou que sua pele só começou a voltar a ser o que era antes do Roacutan de uns dois anos para hoje: "Ela voltou a ficar oleosa. Não faço uma rotina de skincare todo dia, estou tentando sobreviver essa pandemia. Sempre usei hidratante e esfoliante, além de coisas mais naturais com café ou mel, mas produtos mesmo, fui usar agora os da Sallve. Eu sou muito alérgica, então sempre tenho muita reação, por isso fico com medo. Só que testei na casa de uma amiga, não tive nenhuma reação, e aí comprei o Kit Tudão. Eu adorei! Além de me fazer muito bem, adorei a praticidade. No Instagram a Sallve sempre explica a ordem certinha de como usar tudo.
Atualmente estou apaixonada pela Máscara Antirressaca, já que o Brasil deixa a gente com cara de ressaca todo dia".
Juliana Vasconcelos
Amigas editoras de beleza? Temos
A Laura deu sorte com duas amigas com quem dividia o apartamento: ambas eram editoras de beleza e recebiam diversos produtos para testar em casa. "Só fui descobrir meu tipo de pele, mista, com 23 anos, por causa delas. Eu nunca tinha tido tanto contato com tanta coisa, e como elas tinham que testar, iam me doutrinando. Foi quando fui começando a entender - ao testar na minha pele sentia que fazia muita diferença mesmo - que precisava começar a ter uma rotina. Mesmo ainda não tendo muito interesse, comecei a entender que funcionava", conta.
"Quando a Sallve lançou o Antioxidante Hidratante, vi na hora que era muito bom mesmo, porque tinha vitamina C, ácido hiaulrônico e deixava a pele babado - você passava e sua pele ficava com um viço incrível, não precisava mais de muita coisa. Minha relação com a minha pele começou aí", seguiu Laura.
Com o tempo, ela se mudou e parou de comprar tantos produtos, e ela sentiu na pele a diferença: "Minha pele não fica mais tão incrível, mas agora estou sentindo que preciso criar um ritual mesmo", concluiu, atribuindo a uma nova rotina no Rio de Janeiro, esse entendimento: "Quando vim pra cá descobri como é a pele na praia, sob o sol, e comecei a sentir como faz falta você ter cuidados diários".
Fechando a conversa, uma celebração da importância de cuidar da nossa pele: "As duas coisas que espero todo dia são o BBB e minha rotina de skincare, que faço logo depois que o programa acaba", brincou Thiago. E não é que é?