A turnê Sallve continua e aterrissou – online, claro! - no Maranhão, sempre buscando entender as particularidades e problemáticas da pele em cada região do Brasil. A conversa rolou na semana passada e foi incrível poder trocar tantas experiências sobre skincare, autocuidado, clima e até alguns pedidos de futuros produtos.
O encontro virtual contou com a presença de Luanne Holanda (@luanneholanda), Mariana de Freitas (@asdicasdemari), Hiago Fernandes (@_paranoiado), Gabriel Arouche (@gaarouche), Jessica Gois (@jegois) e Ruana Moraes (@ruanamoraes).
“Vi uma menina na Turnê Sallve do Acre falando que (o clima) lá parecia uma Air Fryer, não aguentei! Maranhão também, miga, vamos nos abraçar”, brincou Luanne ao falar sobre o clima de São Luís, capital do Estado. “Aqui é muito úmido. As pessoas não suam só, é úmido, a gente está sempre grudando”, emendou Ruana.
Todo mundo concorda que um produto pensado para ser usado durante o dia no Maranhão jamais pode ser “pesado”. “Tem que ser levinho, que você não sente na pele. Se não, o negócio começa a descolar da sua cara. O nosso clima é muito quente e muito úmido, é uma cidade litorânea, tem uma questão de umidade que é bem presente. Para a noite, dá para usar uma coisa mais pesada, mas só para dormir”, apontou Mariana.
Jornada de pele: influência materna
Ao falarem sobre suas jornadas de pele, uma figurinha (daquelas especiais!) surgiu repetidamente no papo: as mães. “Minha mãe sempre cuidou da pele. Ela tem 51 anos, ninguém dá. Ela se cuida horrores. E hoje eu me cuido horrores, igual minha mãe. Administro as manchas, as cicatrizes, coisas que a acne deixa”, explicou Mari.
“Igual a Mari, meu primeiro contato foi com a minha mãe usando cremes. Mas hoje em dia ela meio que perdeu esse hábito, voltou mais agora. Porque eu comecei nessa jornada de cuidar da pele, ela embarcou junto”, disse Gabriel. “Com a minha mãe também, acabei descobrindo algumas coisas. Ela usa uns produtos e fui testando. Até peguei uns pra mim”, contou Jéssica.
E teve rotina de skincare que até aproximou mais mãe e filho. “Sempre via ela usando um monte de creme, um monte de coisa. Ela também não parece ter a idade que tem. Não sei se é por conta dos cremes. Ficava olhando aquilo e pensava: mas será que funciona? Hoje eu sei que funciona, mas era criança, achava que não”, afirmou Hiago.
“Criei uma rotina e comecei a cuidar da pele. Me ajudou a me aproximar da minha mãe, por ela sempre ter cuidado. Ela via as embalagens coloridinhas, lia, viu que tinha ácido hialurônico. Ela dizia que eu não podia usar, que eu era muito jovem. Tenho 22 anos. Aí eu explicava o que era, que não tinha nada a ver com idade. As vezes ela me via usando uma coisa, queria usar também. Ainda estou aprendendo, incluindo diferentes produtos na minha rotina”, revelou ainda.
Pele oleosa, acne e sensibilidade: check!
Outro ponto bastante abordado no encontro foi oleosidade, sensibilidade e acne. “A gente aqui no Maranhão tem tendência a ter a pele muito parecida, puxada para oleosa”, explicou Gabriel, em determinado ponto da conversa.
“Eu não usava nada, comecei há dois anos. Foi muito eu aprendendo o que funcionava com a minha pele. Como sempre foi muito intuitiva, tenho muita noção do que funciona ou não. Também já fiz acompanhamento profissional por um tempo, porque descobri que tenho uma pele muito reativa. Tenho que ter cuidado com o que eu coloco nela”, contou o publicitário. “Tenho pele oleosa, com tendência a acne, como muita gente aqui. Quando dá alguma coisa errada, vira um efeito dominó. Desregula uma coisa, vai ter acne durante um tempo até resolver de novo. É um processo cansativo”, explicou ainda.
Já para Mariana de Freitas a relação com a pele começou por volta dos 17 anos e por conta da acne. Mas adivinha só? A pele dela não é oleosa, é bem mais para seca. “Fui em um dermatologista aqui em São Luís, que falou que eu tenho acne, então, minha pele é oleosa. E eu disse que não, não é oleosa. Batia com certeza. Ele a tratou como tal: lava o rosto, passa esse ácido, hidratante, protetor solar. Voltei inúmeras vezes, sempre foi uma consulta muito rápida, tipo entrou, saiu”, relembrou.
“O tratamento para pele acneica é com produtos que ressecam. Minha pele, que era mais seca, sofria muito. Descamava, ficava sensível. Foi um sofrimento tratar uma pele acneica que é seca. Minha dermatologista atual falou que é raro, que não há muito na literatura sobre isso, mas é possível: tratei com produtos asiáticos, porque eles têm isso de separar o tratamento de pele oleosa da acne. São coisas diferentes para eles. Eram produtos mais calmantes, hidratantes”, disse ainda.
Outra jornada da pele super interessante é a da Ruana, que sofre com a dermatite atópica. “A minha pele é uma incógnita. Ela é assim, essa coisa, eu tenho muita dificuldade com maquiagem, produtos e afins. Tenho dermatite atópica. Então, sofro desde cedo com essa doença de pele, que não me deixa usar muitos produtos. Sempre tenho que estar atenta aos rótulos”, relatou.
“Minha pele é mista, bem oleosa na zona T e bem ressacada na outra parte. Se eu não cuidar, ela descama. A dermatite é isso: a hipersensibilidade da pele. Eu uso dermocosméticos, maquiagem é difícil. Uso protetores com cor e algo no meu dia a dia para me dar uma autoestima, um batonzinho vegano. Aí é isso aqui, cara limpa. Skincare é com essa limitação. Também haja paciência com ler rótulo, fico com uma dificuldade com skincare”, concluiu.
Pele perfeita é a sua pele!
A artista e designer Jessica Gois começou sua relação com a pele tardiamente, mas disse que tem zero pretensão de que sua pele seja “perfeita como um filtro do Instagram”. “Eu não comecei a cuidar da minha pele cedo, tive uma puberdade tardia. Eu saí da escola com 18 anos, minha pele parecia de neném. Não tinha espinha”, relembrou.
“Sempre fui acostumada a não ter trabalho nenhum com a pele e ter a pele sem acne e com os poros fechados. Agora, se eu não uso os produtos, na região do nariz fica cheio de pontinhos pretos, poros bem abertos. Tenho muitos cravos. Quem olha de longe, acha que a pele é lisa. Mas é cheia de cravinhos. Uso muitos produtos com ácido salicílico, ajuda bastante, mas meus cuidados com pele são mais por lazer, no geral é mais um cuidado comigo. Minha pele é oleosa na zona T. Me sinto confortável e feliz com o meu rosto como é. A gente está tão acostumada com filtro. Cuido dele como eu posso, não quero meu rosto perfeito, sem poros. Não quero um rosto editado. Acho que você ter esse cuidado traz autoestima, é um momento de cuidado, não precisa ficar perfeito”, finalizou.
Hidratação, hidratação e hidratação!
A Luanne Holanda (que já conversou com a gente sobre cabeça raspada, lembra?) contou que tem pele normal e nunca teve problemas com acne, porém demorou um tempinho para aprender um detalhe da rotina de skincare. “A hidratação era um grande erro. Até pouco tempo usava o mesmo hidratante do corpo no rosto. Achava que era a mesma coisa, que estava tudo ótimo. Fui percebendo que não era assim”, contou, rindo.
“A gente vai se olhando, se percebendo, vendo o que dá errado, o que é correto. Gosto muito de passar óleo de coco na minha pele. Usava no cabelo, mas na pele também para hidratar, fazer limpeza. Óleo de coco é rei!”, contou a influenciadora, que também é fã de argila. “Uso bastante argila, inclusive já me banhei de argila, amo. Aqui a gente tem muito mangue, sinto minha pele respondendo 100%. Acho incrível”, contou.
A Jessica, por exemplo, também não era muito ligada na hidratação: “Estou querendo descontruir essa questão de oleosidade, tentando usar coisas mais hidratantes. Durante o dia, passo o dia suando, sinto oleoso, passa o sabonete e ele seca. Protetor sempre usei, mas sentia oleosidade. Se ia passar o dia suando, preferia não usar”, contou.
“Eu tinha o mesmo drama que ela. Começava o dia com a pele lisinha e depois sentia a sensação de que ela estava derretendo. Mas isso mudou quando eu comecei a hidratar minha pele corretamente. A oleosidade reduz”, deu a dica Gabriel.
Pele mate: não, obrigada
A Luanne e a Mari de Freitas não querem saber de pele mate. “Não gosto da minha pele mate, sem luz. Gosto de uma pele iluminada. O clima aqui do Maranhão colabora muito com isso. Então, acaba que eu não tenho tantos problemas quanto a isso. Mesmo os produtos que são mais mate, pouco tempo depois já estão entregando uma luz própria”, brincou Luanne.
“Eu também não gosto de coisa mate. Tenho um hidratante que é mate, mas ele não é aquela coisa que resseca ou drena minha pele. Ele me deixa com sensação de hidratação, sem sensação de repuxar”, concordou Mari. “Não é nem questão do brilho, apesar de eu gostar do negócio brilhoso, que muita gente não gosta. Mas assim, gosto de sentir minha pele limpa, não repuxando e hidratada. Aquela coisa que a pele agradece. Aquela pele cheia, gostosa”, completou.
Cremão (a gente jura que ele vem!)
Entre os muitos pedidos de produtos, o cremão sempre está lá. Para o Hiago, a ideia é que o cremão seja noturno. “Não dá para passar e sair na rua, você já sai com a pele ensebada. Pra usar durante o dia, com o calor, um cremão não funciona”, opinou.
“Todo mundo quer um cremão, mas para qual momento? E é diferente usar um cremão aqui em São Paulo e usar em Belém, São Luís, Rio Branco. É complexo fazer um cremão para um lugar muito quente e muito úmido. A gente se pergunta como fazer para que ele seja quase mágico”, comentou Julia Petit.
Norte e Nordeste esquecidos? Aqui não!
Os participantes da turnê Sallve no Maranhão levantaram uma questão essencial: o esquecimento. “A gente se sente muito esquecido. Algumas marcas tratam a gente como se a gente fosse de outro universo. Por isso estou tão feliz da Sallve ter feito isso, de ter abraçado os estados”, comentou Mari.
“Essa coisa de limitar o Brasil a uma área me irrita muito. Tem uma coisa que todo mundo vai se identificar: frete grátis para todo Brasil. Menos Norte e Nordeste. Eu vou abrir uma marca e fazer frete grátis para todo Brasil”, brincou Luanne.
Fica de olho que logo vem mais conversa boa por aqui! A próxima parada da turnê Sallve online é no Rio Grande do Sul, na quarta-feira 05/08. Quer se inscrever para as próximas edições? É só clicar aqui!