Sensorial de produtos cosméticos. Por Oil Free

Victor Infante, do Oil Free, fala sobre a experiência sensorial que temos com os cosméticos. Pode apostar como você vai parar pra analisar a sua escolha no fim desse texto.

Por: Victor Hugo Pacagnelli Infante / @oilfree – Doutorando em Ciências Farmacêuticas com ênfase em Medicamentos e Cosméticos – FCFRP – USP 

Victor Infante / Divulgação

Vocês já pararam para pensar que os cosméticos além da sua função de embelezar e melhorar o aspecto da pele e anexos, são uma verdadeira viagem de sensações?

Alguns dos nossos cosméticos servem como produtos de limpeza e a sensação que eles nos proporcionam pode variar desde o deslizar do produto pelos dedos, passando por aquela sensação de cabelos cheirosos e macios, chegando àquele banho bem refrescante e revigorante. Os cosméticos são um convite ao prazer e bem-estar, para nos lembrarmos de como é delicioso e revolucionário o ato do autocuidado.

Acredite ou não, mas os cosméticos estão muito mais relacionados com a forma como decidimos nos expressar como indivíduos sociais, do que apenas pela sua ação. Desde a propaganda, passando pela embalagem e as representações por trás do seu cosmético, tudo é toque, tudo é vida, mesmo antes de você senti-lo.

E aí vem o momento de maior êxtase, onde você retira o produto da embalagem e o aplica em sua pele ou cabelos. Batons, perfumes, xampus, cremes e séruns. O toque é tão intenso, o cheiro pode ser tão conquistador, a cor tão vibrante que faz com que você se sinta únicx e poderosx em cada experiência.

Acreditem, além de tentarmos entender como os cosméticos atuam, buscamos cada vez mais adicionar essas experiências aos nossos estudos. Em outras palavras: o sensorial desses produtos também são pesquisa científica. Melhorar pigmentos, encontrar alternativas naturais e sustentáveis com a mesma performance, tentar mensurar o impacto das sensações do cosmético na sua rotina: tudo isso também é ciência.

Aqui estamos falando de sentimentos, emoções e conexões. As pessoas não são triviais e estão longe de serem completamente mensuradas, mas podemos entender como os ingredientes são importantes para uma ótima performance em contato com a pele. Painéis treinados, questionários, consumidores e medidas instrumentais, várias formas de tentarmos traduzir as emoções para que possamos causar as sensações desejadas. E isso, muitas vezes, pode ser limitante para a escolha de determinado produto em detrimento de outro.

Ainda não está acreditando que sentir o produto é tão importante quanto sua ação? E se eu te contar que ambas as coisas estão intimamente ligadas? Tão íntimas que se o sensorial for desagradável, a pessoa não se sentirá confortável com o produto e por mais que a substância ativa seja incrível, ela por si só não vai fidelizar o uso do cosmético. A pessoa estará cada vez menos confortável com a formulação, a experiência não será tão única e a eficácia, por falta de uso, será com certeza comprometida.

É claro que isso começa com a marca: eu preciso me ver no que ela entrega, preciso existir, preciso sentir que faço parte. Hoje não sentimos apenas o creme em nossa pele, sentimos todo o amor, a preocupação e a responsabilidade social e ambiental que uma marca e um produto carregam.

Entenderam a diferença, talvez sutil para algumas pessoas, porém cheia de significados, entre um cosmético e um medicamento? Você vive o cosmético, sente cada momento que ele compartilha com você e essa experiência sensorial é o que nos aproxima de nossa humanidade, de nossa vontade de sentir e fazer parte de algo maior.

Repito: o autocuidado é revolucionário. E ele tem tudo a ver com o bem-estar que o sensorial do seu cosmético pode proporcionar.

 

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