O rímel é um grande amigo na hora de se maquiar e deixa o olhar com um toque todo especial. Porém, já se deparou com aquela máscara à prova d’água que é difícil de sair? E já se perguntou quais os problemas que podem acontecer se todo o produto não for corretamente retirado da região dos olhos? Pois é, a gente também já.
Um pouco sobre a história do rímel
Apesar de datar dos tempos de Cleópatra, o rímel que utilizamos atualmente foi criado na década de 1960. “Salvo inovações, como a embalagem com o pincel, a formulação básica é a que é usada até hoje. Os principais ingredientes são água, ceras, óleos, polímeros, agentes de tratamento, substâncias com funções específicas e pigmentos. Cada um deles exerce certo papel”, explica a Dra. Liliana Bechelli Torloni, dermatologista consultora da Sallve.
Como já sabemos, a função principal do rimel é realçar os olhos e obter alguns efeitos, como alongar e dar volume aos cílios, por exemplo. Ele é um produto cosmético seguro e deve ser formulado sempre cuidadosamente, para permitir a aplicação fácil e homogênea sem borrar, irritar ou causar toxicidade.
Usar rímel pode trazer problemas para os olhos?
Como qualquer cosmético, reações adversas podem acontecer. Ainda mais por conta da delicada região onde o produto é aplicado: os olhos. Por isso, é bom conhecer bem a marca do produto escolhido e estar ciente de testes oftalmológicos.
Com a palavra, a Dra. Rita de Cássia Lima Obeid, oftalmologista do Hospital CEMA: “O rímel, como outros tipos de maquiagem, pode causar acúmulo de bactérias, o que por sua vez favorece o aparecimento de blefarite, que é um processo inflamatório que ocorre nas bordas palpebrais”, explica a médica.
Além disso, o rímel pode causar alterações na superfície ocular e nas pálpebras, como, por exemplo, irritações ou alergias, além de gerar acúmulo de pigmentos ou outros ingredientes ao longo do tempo, em especial os à prova d’água.
“Pessoas que possuem os olhos secos, doenças nas pálpebras, pele sensível e usuários que utilizam lentes de contato, por terem uma maior predisposição às reações, devem ficar mais atentas ainda à qualidade do produto. Por isso, escolha rímeis de fabricantes conhecidos e nos quais você confie, que traga informações sobre a composição e que tenha realizado testes dermatológicos e oftalmológicos”, aponta ainda a Dra. Liliane.
Aliás, atenção: fique sempre atento à validade do produto. Nada de usar maquiagem vencida nos olhos (ou em qualquer parte do rosto, né?). “É um produto que o pincel é reutilizado diversas vezes. Mesmo com o sistema conservante utilizado, que evita o crescimento de microorganismos, o recomendado é seguir o prazo de validade, em geral a cada três meses, e não compartilhar o uso com outras pessoas, para evitar o risco de contaminações”, aponta ainda a dermatologista.
Rímel à prova d’água é vilão?
Na verdade, o principal problema do rímel resistente à água é a dificuldade de retirá-lo, o que pode acabar gerando um acúmulo do produto e trazer problemas mais sérios aos olhos.
“O rímel é uma combinação de vários elementos, que podem facilitar o crescimento de diversos microorganismos. O rímel à prova de água é mais resistente, mais difícil de retirar. Nesse caso, o mais recomendado é usar rímel solúvel em água, pois é mais fácil de remover, e permite uma higiene melhor, o que ajuda a evitar contaminações nos olhos”, aponta a oftalmologista Dra. Rita de Cássia.
E, não, ninguém aqui está falando pra você não usar mais rímel à prova d’água, é só tomar cuidado redobrado na hora da limpeza da pele. O recomendado, porém, seria utilizar essa opção, em momentos em que haja uma maior necessidade de uma maquiagem mais duradora.
Há algum sinal de que ele pode estar causando problemas?
Sim! “Os sinais de que há algo errado nos olhos, mais especificamente que uma blefarite está em curso são ardência nos olhos, irritação, vermelhidão, sensação de areia. Tais sinais podem ser confundidos com conjuntivite, por isso o ideal é procurar ajuda médica, além de evitar compartilhar itens de maquiagem, pois ela pode estar contaminada e propagar bactérias, causando diversas doenças, como a conjuntivite”, explica a Dra. Rita.
Como fazer a limpeza correta?
O ideal, é claro, é remover por completo a máscara de cílios, sem deixar resíduo. “Não esfregar, puxar ou fazer esforço. Com isso, pela composição das máscaras à prova d’água, essas tornam-se as mais difíceis de retirar e exigem produtos mais específicos. Esses produtos devem de alguma maneira ‘dissolver’ a máscara. Bons produtos para isso são os demaquilantes bifásicos que por conter óleo ou silicone em sua fórmula, removem a maquiagem de maneira sem agredir, danificar e ao mesmo tempo sem deixar resíduos”, alerta a dermatologista Dra. Liliane Torloni.
Vale lembrar! Consultar um (a) dermatologista é sempre a opção mais correta e saudável para cuidar da melhor forma possível da sua pele! ;)
Tem alguma dica, dúvida ou sugestão? Fale com a Sallve. A gente adora trocar experiências!