Você pode saber absolutamente tudo sobre skincare, estar por dentro de cada novo ativo que aparece e ter acesso às melhores fórmulas. Nada disso adianta, porém, sem algo muito básico: conhecer seu tipo de pele.
Por que é importante conhecer seu tipo de pele
Seu tipo de pele é o que vai determinar como serão seus cuidados com ela ao longo de toda a sua vida: do que ela precisa às texturas e ativos que vão funcionar melhor, tudo isso depende do seu tipo de pele. Afinal de contas, seu tipo de pele determina até a maquiagem que você vai usar: quem é que nunca perguntou por aí se aquela base específica é boa para pele oleosa?
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Dra. Camila Rosa já falou por aqui no blog sobre a importância de se levar em conta seu tipo de pele na hora de escolher um hidratante, por exemplo: "As pessoas acabam usando um hidratante para quem tem pele seca, mas hidratantes para pele oleosa são específicos e não vão piorar a oleosidade. Quando não se escolhe o produto adequado, você vai acabar tendo mesmo espinhas, aumento dos poros e daí por diante", explicou a dermatologista, analisando de onde pode ter surgido o mito de que pele oleosa não precisa de hidratação (PS: precisa, viu?).
Mas quais são os tipos de pele?
Existem quatro tipos de pele: oleosa, mista, normal e seca. E a pele sensível? Dra. Monalisa Nunes, dermatologista consultora da Sallve, explica: "Todas elas podem ser sensíveis. Uma pele sensível é um tipo de pele também. Só que você pode ter uma pele oleosa sensível, uma pele mista sensível, uma pele seca sensível".
Pele oleosa
A pele oleosa é velha conhecida dos brasileiros. Para se ter uma ideia, as estimativas apontam que 80% da população brasileira tem pele oleosa ou mista. Já no nosso quiz da pele, 37% da nossa comunidade se encaixa no perfil da pele oleosa.
A Sociedade Brasileira de Dermatologia descreve esse tipo de pele como de aspecto mais brilhante e espesso por conta da produção de sebo maior do que o normal - especialmente na zona T. Por conta disso, a pele oleosa frequentemente tem poros dilatados e vem acompanhada de cravos e espinhas, mas atenção: a acne não é exclusividade desse tipo de pele - até peles secas podem desenvolver a doença.
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A oleosidade em excesso que caracteriza a pele oleosa pode ter algumas causas, sendo a principal componentes genéticos: “A genética define se uma pele tem glândulas sebáceas que produzem sebo demais, se é uma pele que tende a produzir mais queratina do que precisa entupindo os poros. Essa predisposição genética é a base para que os fatores ambientais sejam mais agressivos nesse tipo de pele”, explica Dra. Monalisa Nunes, dermatologista consultora da Sallve.
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A alteração nas taxas de hormônios também podem afetar a oleosidade da pele, assim como fatores externos como o meio ambiente (pense em altas temperaturas, clima úmido), medicamentos e uso excessivo de maquiagens e cosméticos. Uma pele oleosa também pode ser ainda resultado da combinação de alguns desses fatores.
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Importantíssimo ao falar sobre pele oleosa? Lembrar sempre que o sebo é importante para a pele: "Ele controla a nossa resistência, a penetração de substâncias e vai controlar o microbioma cutâneo, que é o conjunto de de bactérias, fungos e vírus que colonizam a nossa pele e que se mantém saudáveis na presença do sebo de uma maneira adequada. Quando se retira demais esse sebo, você vai ter uma tentativa de recuperar essa substância que foi retirada, então é um mecanismo de rebote em que você vai fabricar mais óleo para compensar essa perda", já nos ensinou a dermatologista Dra. Marisa Gonzaga.
A palavra de ordem quando se fala em pele oleosa, portanto, é equilíbrio: o objetivo deve ser sempre o controle da oleosidade, nunca sua eliminação completa. E como fazer isso sem ressecar sua pele ou deixá-la repuxando? Optando por fórmulas não comedogênicas (ou seja, que não entopem os poros), recomendadas para a pele oleosa, e jamais pulando a etapa de hidratação da sua pele.
Pele normal
Essa é aquela pele de textura aveludada, boa circulação sanguínea, poros bem fininhos, sem manchas ou propensão a sensibilidade. Ela não é seca demais ou oleosa em excesso.
“A pele normal é, na verdade, a mais difícil de ser encontrada. É aquela pele rosada, bem nutrida, vascularizada, com uma textura homogênea, elástica, com poros bem diminutos, quase invisíveis. Porém a pele normal tem uma hidratação diferente da seca, que por sua vez tem muita dificuldade de segurar água nas camadas dérmica e epidérmica. A pele normal tem um fator natural de hidratação, que a mantém o tempo todo elástica, uniforme e homogênea”, explica Dra. Claudia Marçal, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Academia Americana de Dermatologia.
Essa “pele de bebê”, ao ser hidratada, se mantém úmida e não apresenta excesso de oleosidade. Ela tem uma capacidade grande de retenção hídrica, mas não produz óleo em grande quantidade, apenas para a formação ideal da membrana hidrolipídica.
Dr. Alberto Cordeiro, porém, faz uma ressalva: “Uma pele normal existe desde que você considere que não é uma pele que está no momento tão oleosa ou tão ressecada. Afirmar que a pessoa tem uma pele normal a vida inteira, uma pele que independe da idade ou estado nutricional, não é correto, já que seu estado se modifica”, pondera o dermatologista.
Pele Mista
Assim como a pele seca, oleosa e normal, a pele mista é um tipo de pele. “É aquela pele mais oleosa na zona T (fronte, nariz e queixo) e mais seca nas outras regiões”, esclarece o Dr. Daniel Cassiano, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Além desse ponto, a pele mista também apresenta poros dilatados na zona T e também pode apresentar acne na região, mas não é uma característica “obrigatória”. Aqui, o equilíbrio é fundamental para que você não deixe a pele oleosa demais na zona T e seca demais em seu restante. Lembra que a gente já te ensinou a escolher os melhores ingredientes para tratar a pele mista?
Quando falamos especificamente da pele mista, a recomendação é similar aos cuidados para peles oleosas, com hidratantes mais levinhos, em sérum ou gel, na Zona T. "Para quem tem a pele mista com as laterais secas pode ser necessário um hidratante mais potente e pesado para complementar essa rotina. Mas, normalmente, um hidratante mais leve funciona para pele mista, porque a maioria das pessoas tem a zona T oleosa e nas laterais do rosto uma pele normal", aconselha Dra. Monalisa Nunes.
Pele seca
Propensa à descamação e a vermelhidão, a pele seca é caracterizada por uma produção insuficiente de sebo ou de óleo. A falta desses agentes naturais influencia na capacidade de retenção da hidratação, favorecendo uma barreira cutânea mais frágil.
A pele seca tem como característica a dificuldade de reter água pela falta de fatores de hidratação naturais (como ureia, aminoácidos e ácido lático) e lipídios epidérmicos (como ceramidas, ácidos graxos e colesterol), por isso, o que você deve fazer é optar por produtos de ação delicada que ajudem justamente neste processo, além de beber muita água.
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, a pele seca pode ser causada por fatores genéticos e hormonais (menopausa e tireoide), condições climáticas ou pela radiação ultravioleta, por exemplo. Por isso, é bacana sempre procurar um dermatologista!
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“Uma pele seca geralmente é mais sensível, áspera e fica vermelha e descamando com maior facilidade. Esse tipo de pele precisa de produtos mais suaves, menos abrasivos e de hidratação diária”, aponta a Dra. Camila Rosa, dermatologista.
Pele sensível
A pele sensível é um diagnóstico que pode aparecer para você desde a infância até a velhice. É uma pele suscetível a vermelhidão, inflamação e ressecamento. Ela, no geral, tem uma composição mais fina do que peles tidas como "normais", com uma barreira cutânea mais frágil. Sendo assim, ela é mais suscetível, por exemplo, a reações alérgicas.
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Dra. Monalisa Nunes explica que, embora seja um tipo de pele, a pele sensível pode quase ser vista como um subtipo, que pode acometer todos os outros quatro: "A pele sensível é algo que você também não consegue mudar. Você consegue estar com a pele não sensibilizada, mas vai sempre ter uma pele sensível. Por exemplo, se você tem uma pele oleosa, ela pode não estar oleosa, porque você controla com a rotina, usa produtos de controle de oleosidade ou usa até medicação. Mas geneticamente, é uma pele que tende a oleosidade. É a mesma coisa para quem tem pele sensível. Você pode tratar, melhorar, mas sua pele sempre vai ser sensível. Ela se enquadra em todos os tipos basais de pele, não é mutável", explica a dermatologista.
+ Pele sensível x pele sensibilizada: tem diferença?
A pele sensível, por sua vez, tem alguns tipos específicos, determinados por fatores diversos. São eles:
Pele atópica: é aquela pele sensível na pele que desenvolve sensibilidade por fatores diretamente ligados a quadros alérgicos.
Pele naturalmente sensível: esta é a pele sensível por conta de fatores genéticos. Eczema, rosácea e psoríase podem se encaixar facilmente neste grupo.
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Pele sensível por reação ao ambiente: este tipo de sensibilidade ocorre como reação ao (como o próprio nome diz) ambiente que você frequenta. Pense em exposição solar, poluição e até fumaça de cigarro. Basta entrar em contato com alguns destes fatores e pronto, a irritação logo aparece.
Pele reativa: é aqui que se encaixa a pele sensível por reação a cosméticos. Inserir um novo ativo em sua rotina sem cautela, experimentando uma vez por semana para ir acostumando sua pele com a substância, por exemplo, pode resultar em inflamação e até uma crise de acne.
+ Cuidados importantes ao inserir um cosmético na rotina de skincare
Pele fina: com o passar dos anos, nossa pele vai ficando mais fina, o que a torna mais frágil e suscetível a inflamações e irritações.
Pele sensível durante a gravidez: alterações hormonais durante a gestação também podem desencadear um quadro de pele sensível, ou aguçar condições já existentes, como dermatite.
O que determina seu tipo de pele
O seu tipo de pele é determinado pela genética, mas há muitos outros fatores em jogo como hormônios, tratamentos, envelhecimento da pele, poluição, exposição excessiva ao sol... Por isso alguns cuidados são essenciais não importa qual seja seu tipo de pele: limpar sempre, evitar água quente, mantê-la hidratada e protegida dos raios solares.
É importante também ficar sempre atento às mudanças da sua pele: a pele oleosa pode sim ficar mais seca com o passar dos anos, enquanto a pele seca pode evoluir para pele sensível ou até mista com o envelhecimento.
Como nossa pele está sempre nos mandando sinais e conversando com a gente, manter esta ponte com seu dermatologista é fundamental.
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