Eu conheci a Carol (@makedeoculos) na primeira parada da nossa Turnê Sallve, lá no Acre. Ao longo de uma conversa divertida sobre skincare no Norte do Brasil, Carol se abriu sobre sua #jornadadapele e como ela lida com seu quadro de pele com acne. Eu, que passei pelas mesmíssimas coisas, me identifiquei imediatamente: prazer, Carol, eu sou a Mari.
Jornada da pele com acne
Sorte a nossa, Carol contou sua jornada da pele para a Sallve também em um vídeo para o IGTV. Ouvir sua relação com sua pele e como ela vive esse processo constante de fazer as pazes com ela é uma sensação de imediata identificação se você também tem acne. "Minha jornada é de autoconhecimento e autoaceitação, principalmente por minha pele ser acneica", ela anuncia.
Carol é de Rio Branco, e brinca que na capital acreana há apenas duas estações: quente e muito quente. "Aqui é um lugar bem complicado de fazer um skincare com muito produto ou coisas muito pesadas, porque derrete tudo ao longo do dia. A dificuldade de lidar com o calor tão forte da sua cidade aliada ao problema maior ainda em encontrar produtos para a sua pele com acne afastou dela qualquer ideia de montar uma rotina de skincare. "Não cuidava muito bem da minha pele porque nunca achava produtos legais que não deixassem aquela sensação de pele pegajosa", ela conta. "Eu simplesmente não me sentia confortável com nada, então pensava: se não existe produto para mim, logo não vou cuidar."
A acne de Carol, porém, não é só questão de falta de cuidado: "tem também a ver com genética, minha família paterna sempre teve muito problema com espinhas, então só usar produto não funcionava para mim. Nessa época, minha autoestima ficou muito baixa por causa da minha pele. A gente tem esse estigma de que a pele tem que estar sempre perfeita e maravilhosa, sempre senti essa pressão em cima de mim, até que descobri o mundo da maquiagem."
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A descoberta da hidratação
Para te situar, nesse momento exato em que a Carol descobriu a maquiagem, a cultura nesse universo era das bases hiper pesadas, tipo "reboco" mesmo, e invariavelmente de altíssima cobertura. "Mas mesmo não me sentindo confortável com esse tipo de base, eu não queria sair de casa sem passá-la, porque tinha muita vergonha das minhas manchas. Engraçado porque hoje paro pra pensar e me toco que poxa, sou eu, são meus adjetivos, que fazem parte de mim, mas nem sempre foi assim. Então lembro que ficava passando base em cima de base, até que comecei a ter muita espinha interna, e pensei: preciso cuidar disso porque está manchando ainda mais minha pele."
Essa nossa relação invertida da maquiagem e do skincare - primeiro nos obcecamos com maquiagem para depois descobrir o skincare -, teve esse benefício: a gente aprendeu na pele (literalmente!) que de nada adianta cobrir sua pele de base ou escolher o melhor corretivo do mundo se sua pele não está bem cuidada por baixo. No caso da Carol, o momento "a-ha!" (como diz a Oprah), veio com a hidratação.
"Comecei a pesquisar sobre skincare, comecei a hidratar a pele, e juro, foi nessa época que a Sallve lançou o Antioxidante Hidratante. Na mesma hora pensei 'vou testar, vai que funciona?' Comprei, usei no meu rosto e foi amor à primeira passada: foi o primeiro hidratante que senti levinho, que minha pele absorvia rápido e que não ficava com aspecto pegajoso. Para a Carol, começar a hidratar sua pele religiosamente mudou totalmente sua relação com ela.
Hoje, em retrospecto, a Carol consegue até analisar quais foram seus dois maiores pecados da pele: "um foi passar ácido salicílico nas espinhas e não passar protetor solar em seguida, e dois, não hidratar minha pele. Foram duas coisas que contribuíram para minha pele chegar num estado bem crítico".
Mas Carol não reduz sua jornada de pele e sua harmonia com sua pele apenas à encontrar os produtos certos: "Foi também um processo de autodesconstrução, de entender que isso não é um defeito, e sim uma característica, um adjetivo meu. Precisei entender que nunca teria a pele da pessoa que aparece numa revista ou que fez um tratamento estético", ela desabafa. "Nada contra, se você pode, faça o que você quiser mesmo, mas eu parei de me culpar e sentir que 'poxa por que não tenho a pele da menina da revista?'" Ela mesma responde: "Porque minha pele não passa por um tratamento de imagem. Não tem como eu atingir naturalmente algo que não foi atingido naturalmente."
Finalizando, Carol firma sua jornada da pele em duas grandes bases: achar o produto certo e passar por esse processo de autodesconstrução. "É isso que tento passar para as outras pessoas: compreender quem a gente é e não se culpar por não ter uma pele de revista ou de quem tem condição de ir numa dermatologista e fazer um tratamento mais profundo. Temos que entender que a gente não precisa ter vergonha de sair de casa sem base, de ter a sobrancelha falhada, ter acne ou uma cicatriz, porque isso faz parte de quem a gente é.
Carol continua: "Hoje em dia não digo que estou 100% feliz com a minha pele, mas sinto que estou com uma relação muito mais tranquila com ela. De paz, de entender o que ela precisa, de saber que estou cuidando dela com cremes, alimentação e outros cuidados que ela precisa."
Hoje, Carol sai tranquilamente sem base: "Perdi essa neura, passei a praticar esse ato de autoamor", ela contou na nossa colab. Na sua #jornadadapele no IGTV, ela complementa: "A gente precisa parar e ouvir o que a nossa pele precisa mais do que ter uma relação de ódio com ela querendo que ela seja perfeita e maravilhosa em dois segundos."
Podia ser mais perfeita, Carol? Abaixo, você assiste essa conversa franca, deliciosa e tão necessária. Afinal de contas, saber que não estamos sozinhos nessas angústias torna tudo tão mais fácil, né?