Você já deve ter visto em embalagens de cosméticos e dermocosméticos o termo "dermatologicamente testado", que muitas vezes vem acompanhada de outro muito conhecido: oftalmologicamente testado. Mas, afinal, como um produto ganha esses dois "selos", que passam tanta segurança? Se você sempre quis saber mais, vem que vamos explicar tudo por aqui!
Dermatologicamente testado
Se um produto ganha o crédito de dermatologicamente testado, você deve imaginar que ele foi avaliado por um dermatologista. E, sim, isso é 100% verdade, mas não é simplesmente uma análise.
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Aqui na Sallve fazemos três testes, que são avaliados por dermatologistas em Institutos de Pesquisa Clínica. Ah, e vale lembrar que todos são padronizados pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), no Guia para Avaliação de Segurança de Produtos Cosméticos.
Defendemos o dermatologicamente testado por três métodos diferentes: HRIPT, Fototeste e Aceitabilidade Cutânea em Uso. De maneira resumida, eles funcionam assim:
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HRIPT: no dorso (costas) do participante de pesquisa, se desafia a pele com o produto em um patch, um adesivo semi-oclusivo. A cada 48h (dois dias), o adesivo é substituído, sempre com um dermatologista avaliando a pele. A duração desse teste é de 6 semanas.
“O dermatologista vai avaliando todas as vezes para ver se aquele produto induziu alguma vermelhidão, algum inchaço, algum sinal clínico que mostre alguma reação da pele contra o produto”, explica Ana Paula Fonseca, da área de Segurança de Produto e Estudos Clínicos da Sallve. Caso não haja nenhum sinal clínico, nenhum evento adverso, o produto consegue o selo de “dermatologicamente testado”.
- Fototeste: é um estudo de fototoxicidade e fotossensibilização. É muito parecido com o HRIPT no funcionamento. No dorso (costas), o participante de pesquisa recebe o adesivo semi-oclusivo com o produto. Mas a cada remoção do patch, o local é irradiado com luz UVA. Após o final da quinta semana, se o produto não induzir fototoxicidade ou fotossensibilização cutânea, ganha o claim de hipoalergênico, que só é dado com aprovação no HRIPT e no fototeste.
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Aceitabilidade Cutânea em Uso: é uma outra avaliação para conseguir o selo de dermatologicamente testado. Avalia a tolerância cutânea do produto cosmético baseado em um estudo com uso real do produto durante 21 dias.
Nele, o participante de pesquisa recebe todas as instruções de uso no Instituto de Pesquisa Clínica e usa durante o período determinado. Ele também recebe um diário, onde anotará qualquer reação, desconforto ou informação que achar válido compartilhar sobre aquela experiência.
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“Depois desses 21 dias, um dermatologista vai avaliar a pele de todos os participantes, analisando se apresentam algum sinal na pele, além de também avaliar se teve algum sinal marcado no diário do participante, algum desconforto durante o período do uso. Caso apareçam eventos adversos, é realizada uma análise para atribuir tolerância cutânea, feita de acordo com os sinais que apareceram. Se, ao final dessa avaliação, for considerado que o produto não apresenta boa tolerância, ele não será aprovado para ser usado pela população em geral. Caso o produto não cause nenhum evento adverso na pele dos participantes, ele recebe o selo de dermatologicamente testado”, conta Ana Paula Fonseca.
Oftalmologicamente testado
Você já deve ter notado que nossos produtos são multifuncionais e muitos deles podem ser usados na área dos olhos, como o Antioxidante Hidratante, o Sérum Antimanchas, o Limpador Facial, o Hidratante Reparador, entre outros. Em comum, esses produtos que podem ser usados na região dos olhos têm a inscrição “oftalmologicamente testado” na embalagem.
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Quando você encontrar esse “selo”, significa que o produto passou pelo teste de Aceitabilidade Oftalmológica, foi avaliada por um oftalmologista, especialidade médica que estuda e trata doenças relacionadas ao olho, à refração e aos olhos e seus anexos.
Ah, isso quer dizer que tudo bem colocar o produto dentro do olho, Dona Sallve? Não, não está tudo bem. Nenhum produto cosmético pode entrar em contato com os olhos. Afinal, eles não são feitos para isso, são pensados para pele. Incluindo a pele ao redor dos olhos, não o olho em si. Combinado?
Dito isso, como funciona o teste de Aceitabilidade Oftalmológica? Este segue o princípio da aceitabilidade em uso. No Instituto de Pesquisa, o participante recebe as orientações de uso e aplica o produto da maneira recomendada por 21 dias.
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“Por exemplo, o participante leva para casa um hidratante facial. Ele vai ser instruído a passar na região ao redor dos olhos, mas tomando muito cuidado para que o produto não caia dentro dos olhos. Após os 21 dias, anotando qualquer desconforto que sentir no diário do participante, um oftalmologista faz uma avaliação”, aponta Ana Paula Fonseca.
O médico faz essa avaliação em um aparelho específico, a lâmpada de fenda, também conhecida com biomicroscópio ocular. Esse instrumento avalia o meio ocular e o especialista analisa possíveis eventos adversos.
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Caso apareçam eventos adversos, é realizada uma análise, feita de acordo com os sinais que apareceram. Se ao final dessa avaliação for considerado que o produto não apresenta boa tolerância, ele não será aprovado. Caso o produto não cause nenhum evento adverso na região dos olhos dos participantes, o produto recebe o claim de oftalmologicamente testado.
É importante lembrar: mesmo que o produto seja seguro para ser aplicado ao redor dos olhos, caso caia dentro deles, o indicado é sempre lavar com água em abundância, seguindo as orientações da embalagem.
Tem alguma dica, dúvida ou sugestão? Fale com a Sallve. A gente adora trocar experiências!